Tipos de HPV: quais sintomas e como acontece a transmissão?
Você já deve ter ouvido falar no HPV, nas vacinas para sua prevenção e nos cuidados que as pessoas devem tomar para reduzir os riscos de infecção por esse vírus. Mas conhece os diferentes tipos de HPV existentes?
Além de se apresentarem com mais de 200 tipos diferentes, esses vírus se dividem em grupos de maior e menor risco. Você precisa conhecê-los. Continue a leitura e descubra quais são os sintomas e como acontece a transmissão dos diferentes tipos de HPV.
O que é HPV?
A sigla HPV, para Human Papiloma Virus ou papilomavírus humano, refere-se a um grupo de vírus capazes de invadir a pele e as mucosas do corpo. Desse modo, podem provocar, por exemplo, infecções no interior da boca e da garganta, assim como no pênis e na vagina, entre outras regiões do corpo.
A transmissão do HPV envolve homens e mulheres de todas as idades. O contágio pode ocorrer pelo contato direto com a pele ou as mucosas, como ocorre no ato sexual. Por essa razão, constitui uma infecção sexualmente transmissível (IST), como a provocada pelo HIV.
A transmissão do HPV não se limita às relações sexuais, embora seja predominante, principalmente no ato sem proteção. Objetos e roupas de um indivíduo, infectados com secreções de vírus vivo, podem contaminar outra pessoa ao tocar em um ferimento ou área machucada, por exemplo.
O próprio parto natural pode transmitir o vírus da mãe infectada para o nascituro, no momento do nascimento. Da mesma forma, a amamentação do bebê também cria essa possibilidade.
Na verdade, existem muitos tipos desses vírus (mais de 200 conhecidos), dos quais cerca de 40 podem invadir o ambiente anogenital. Desse modo, essas infecções levam ao desenvolvimento de verrugas e lesões que, por sua vez, são consideradas precursoras de câncer nas regiões em que ocorrem.
Dessa forma, uma pessoa infectada com HPV entra para o grupo de risco de câncer, dependendo da região afetada. São consideradas importantes ocorrências com origem em um tipo de HPV: o câncer de colo de útero, o câncer de cólon e reto e o câncer de boca e garganta.
Quais são os principais tipos de HPV?
Os profissionais da saúde classificam os diferentes tipos de vírus HPV em dois grupos, em função do risco que apresentam para o desenvolvimento de neoplasias. Assim, fala-se em HPV de baixo risco e HPV de alto risco. Veja, a seguir, os principais representantes de cada grupo.
HPV de alto risco
HPV de alto risco é o vírus capaz de levar ao surgimento de lesões precursoras de câncer, como os casos de câncer de colo de útero, de garganta e de ânus. Nesse sentido, 14 tipos conhecidos estão neste grupo.
Por sua vez, cerca de 70% das lesões são provocadas por HPV-16 e HPV-18. Os demais casos, menos comuns, são induzidos pelos tipos HPV-31, HPV-33, HPV-45 e outros tipos ainda menos incidentes como HPV-51, HPV-52 e HPV-58.
HPV de baixo risco
O termo “baixo risco” refere-se à baixa incidência de casos de desenvolvimento de câncer. Os vírus desse grupo geralmente provocam verrugas (papilomas, que dão nome ao vírus HPV) nos genitais e ânus de homens e mulheres, nas quais ainda podem provocar verrugas no colo do útero e na vagina.
Essa formação, denominada condiloma acuminado, é mais popularmente conhecida como verruga genital, crista de galo e outras denominações. As verrugas genitais são mais frequentemente causadas pelos tipos HPV-6 e HPV-11.
Quais são os principais sintomas observados?
É importante considerar que a maior parte dos casos de infecção por HPV é assintomática. Nessas situações, o próprio sistema imunológico da pessoa infectada inativa e elimina o vírus em cerca de dois anos, diferentemente das doenças crônicas com as quais a pessoa deve aprender a conviver.
Situações de baixa imunidade que podem ter origem em diferentes fatores (estresse, outras doenças), por exemplo, podem intensificar a carga viral e permitir o surgimento de sintomas. Veja, a seguir, as principais manifestações.
Na mulher, o sintoma mais indicativo da infecção pelo HPV é a presença das verrugas genitais. No caso dos homens, o condiloma é muito pequeno e não perceptível a olho nu. Por essa razão, um exame de peniscopia pode detectar sua ocorrência.
Portanto, considere o aparecimento das seguintes manifestações:
- presença de lesões em lábios, bochechas ou garganta (infecção provocada por relação sexual oral);
- coceira na região genital;
- vermelhidão local;
- formação de placas com verrugas (nos casos de carga viral intensa).
Qual é o tratamento indicado para HPV?
É importante destacar que mais de 90% das pessoas infectadas com o vírus HPV conseguem eliminá-lo naturalmente, sem que tenham sido observadas manifestações clínicas (sintomas). Isso, no entanto, não autoriza que se deixe de tomar medidas seguras para sua prevenção.
Prevenção
O uso de preservativos nas relações sexuais é essencial para proteção e, ainda assim, pode não ser suficiente. A transmissão pode dar-se também pelo contato da mucosa feminina com partes não cobertas do corpo masculino.
Ao mesmo tempo, também é essencial considerar a vacinação contra o HPV, uma vez que é a melhor forma de prevenção existente. Considere que a vacina é exclusivamente preventiva, e, portanto, se uma pessoa já estiver infectada, a vacina não será um tratamento.
Outro cuidado que a mulher deve tomar cuidado é a realização de consultas ginecológicas periódicas, tão logo inicie sua vida sexual. A mulher moderna precisa inserir em sua rotina esses cuidados. Exames como o Papanicolau, por exemplo, servem como possibilidade indicativa de tratamento para os casos de alto risco, principalmente.
Tratamento
O tratamento se refere aos cuidados com as alterações celulares provocadas pela infecção, ou seja, os sintomas. Assim, o paciente pode tratar as verrugas que surgem. E mesmo as manifestações cancerosas, nos casos de câncer de colo do útero e outros, podem receber o respectivo tratamento.
Dessa forma, o tipo de ocorrência (verruga, lesão) e sua localização vão indicar a abordagem mais adequada. De toda forma, a retirada da lesão ou a utilização de cremes são mais comuns.
O processo de retirada pode empregar cauterização a laser, queimando a lesão com um feixe de luz, assim como crioterapia, por meio de gelo seco, como se faz no tratamento de alguns tipos de câncer de pele. Ainda, o médico pode utilizar ácidos para cauterização, assim como a radiofrequência.
No caso de lesões pequenas, externas e em quantidades reduzidas, a pessoa pode realizar o uso de cremes específicos para aplicação localizada. Também é possível empregar cremes que fortalecem a imunidade local.
Como você pôde ver, existe um grande número de tipos de HPV que especialistas da saúde separam em dois grupos, de baixo e de alto risco para o desenvolvimento de neoplasias. Também ficou sabendo que cerca de 90% dos casos são assintomáticos e resolvidos pelo próprio organismo.
Gostou do post? Já sabia que existiam diferentes tipos de HPV? Então registre aqui o seu comentário e já assine a nossa newsletter para receber conteúdos tão bons quanto este!