Como armazenar insulina de maneira correta? Descubra se você está fazendo certo!
Uma das principais dúvidas de quem está começando o tratamento de diabetes tipo 1 é como fazer o armazenamento de insulina adequadamente. Esse questionamento é relevante, uma vez que a conservação indevida pode fazer com que a medicação perca o seu efeito no organismo.
Em primeiro lugar, é importante lembrar que a insulina é um hormônio. No caso da pessoa com diabetes, especialistas desenvolveram a substância de forma especial, em laboratório, para agir com eficiência no corpo humano.
Sendo assim, existem cuidados especiais para manter o produto ativo. Pensando nisso, separamos este artigo respondendo as perguntas mais importantes acerca do assunto. Acompanhe o conteúdo e tire suas dúvidas!
Quais são os 4 erros mais comuns ao armazenar insulina?
A insulina serve para controlar os níveis de glicose (açúcar) do paciente. No entanto, se essa substância química estiver armazenada incorretamente, ela pode não ter a eficácia necessária e ser necessário urgências médicas. Para evitar esse problema, listamos 4 erros mais comuns e que não devem ser repetidos ao armazenar insulina. Confira!
1. Temperatura da refrigeração do frasco fechado
O frasco-ampola, que armazena a insulina, pode ficar em uma temperatura de até 25ºC, fechado ou em uso, por até seis semanas. Se o tempo armazenado nessas condições for superior, além do frasco ser exposto a altas temperaturas ou a luz do sol direta, a insulina pode ser comprometida.
De qualquer forma, a maior recomendação é que o frasco-ampola fechado seja mantido na geladeira com uma temperatura entre 2ºC e 8ºC, por até seis semanas. E ainda, preferencialmente na gaveta onde as pessoas costumam guardar legumes e verduras.
Contudo, muitos pacientes erram na armazenagem ao deixar o frasco-ampola próximo ao congelador da geladeira. Neste local, o medicamento fica em uma temperatura muito superior à recomendada, podendo ser congelado e prejudicar o tratamento com insulina. Isso porque a capacidade dessa substância regular o açúcar no sangue é menor nessas condições
2. Temperatura da refrigeração do frasco aberto
Se o frasco-ampola de insulina já tiver sido aberto, a recomendação é que ele fique em uma temperatura de até 30ºC e em local protegido. Isto é, o espaço não pode ter incidência de raios solares, calor ou umidade excessiva.
Muitos pacientes erram no armazenamento do frasco-ampola aberto por mantê-lo em altas temperaturas. Afinal, nessas condições ele também precisa ficar longe do congelador da geladeira. Além disso, também é importante respeitar o prazo de validade, já que outro erro comum é ultrapassar essa indicação, prejudicando o tratamento.
Por isso, registre a data de abertura do frasco-ampola para garantir que a insulina seja usada apenas na validade indicada. De todo modo, após abrir o material saiba que ele só pode ficar, na geladeira ou em temperatura ambiente, até 28 dias.
3. Quantidade de insulina necessária
A dosagem adequada diariamente de insulina varia para cada pessoa. Contudo, em adultos, geralmente o recomendado fica entre 0,5 e 1,6 unidades/kg/dia. De todo modo, é importante monitorar o nível glicêmico no sangue e se necessário, ajustar a quantidade de insulina, para um tratamento mais eficaz.
Normalmente, este ajuste é indicado caso os pacientes tenham mudado os hábitos alimentares, aumentarem a intensidade e/ou tempo de atividade física, ou adoecerem de outro problema de saúde.
Além disso, a quantidade de tecido cutâneo que deve ser atingida para aplicação da insulina também varia. Afinal, pessoas com maior peso devem ter mais gordura a ser atingida com a agulha. Logo, a agulha escolhida para aplicação da insulina deve levar essas particularidades em consideração.
4. Descarte do material
O material perfurocortante deve ser descartado em frasco rígido. Quando esse recipiente estiver quase todo preenchido, é preciso levá-lo a um centro específico ou à farmácia para o correto descarte. Muitos pacientes fazem isso em lixo comum, possibilitando que alguém se machuque com a seringa descartada.
Por que se preocupar com o armazenamento da insulina?
Em primeiro lugar, é importante ressaltar a importância do armazenamento de insulina de forma adequada. Como visto, alguns erros podem fazer com que a medicação perca suas propriedades originais. Nesse sentido, não é possível garantir que a substância comprada mantenha a sua data de validade.
Uma vez em contato com o organismo, por sua vez, a insulina não terá o efeito esperado. E, entre as consequências, o paciente com diabetes pode ter o seu tratamento prejudicado e se colocar em risco. Por exemplo, a partir do manejo inadequado dos níveis de glicose no sangue.
Qual o melhor lugar para armazenar insulina?
É possível armazenar em geladeira ou temperatura ambiente, dependendo de como o recipiente esteja. É ideal que os frascos lacrados fiquem em geladeira. Dentro dela, o local apropriado é próximo ao gavetão de verduras, porque a porta costuma sofrer variações de temperatura ao ser aberta e fechada várias vezes. A pessoa com diabetes deve evitar o freezer, pois quando o hormônio é congelado, ele perde sua eficácia.
Se o frasco estiver aberto, pode ficar dentro ou fora da geladeira, desde que, nesse último caso, não ultrapasse 30º C, nem fique exposto diretamente à luz solar. Outra dica é quem tem diabetes guardar a insulina em potes, pois isso evita de ela cair no chão e quebrar.
Qual a temperatura e o tempo ideal de armazenamento?
Os frascos que ainda estão fechados devem permanecer, necessariamente, em temperatura entre 2º e 8ºC. Caso contrário, a ação biológica da insulina pode perder seu efeito no organismo.
Os produtos abertos, entretanto, podem permanecer em temperaturas de até 30º C. Nesse sentido, se a cidade em que a pessoa com diabetes reside for muito quente, especialistas recomendam manter sempre a insulina na geladeira.
Caso o recipiente esteja em uso e guardado sob refrigeração, é aconselhável retirá-lo da geladeira cerca de 15 ou 30 minutos antes da aplicação, a fim de evitar dores e irritação na pele.
Com relação ao prazo de armazenagem, os produtos lacrados são válidos até a data que estiver estipulada na embalagem. Para os abertos, isso pode variar de acordo com o fabricante. No geral, é entre 30 e 40 dias. No entanto, é possível consultar todas essas especificações na bula.
Como armazenar insulina em viagens?
Se a viagem for curta, menos de 6 horas, por exemplo, e se não existir grande variação na temperatura, não há problema em deixar a insulina em temperatura ambiente ─ lembrando que o produto não ultrapassar os 30º C.
Caso a viagem seja mais longa, armazenar em uma bolsa térmica com gelo é a melhor alternativa. Contudo, deve-se evitar que ele encoste nos frascos, para que não congele o líquido por dentro.
Em avião, por exemplo, a insulina deve estar dentro da bolsa de mão e debaixo do banco. Isso porque o compartimento de cargas tem uma temperatura diferente da cabine. Manter a bolsa próxima também ajuda caso você precise ter fácil acesso ao produto durante o voo.
Como armazenar insulina para o trabalho?
Se a pessoa com diabetes precisa aplicar somente uma insulina, é possível preparar a seringa e em temperatura ambiente. Isso, é claro, se não ultrapassar as 6 horas previstas. No entanto, se ela necessita aplicar mais de uma, por exemplo dos tipos basal e bolus, será necessário transportar os frascos.
Sempre vale alertar sobre o cuidado para não deixar as seringas sofrerem variação de temperatura nem para que algo pressione o êmbolo. Nesse caso, um estojo protetor dentro de uma bolsa térmica pode ajudar.
Como armazenar quando for para a praia?
Os maiores riscos no que se refere às viagens à praia são a presença do sol e as altas temperaturas. Nesse sentido, vale seguir as mesmas recomendações que destacamos acima para o armazenamento de insulina. A pessoa deve manter o produto em local fresco, sem exposição solar ou variações bruscas de temperatura. O ideal é manter a insulina entre 15º a 30ºC quando aberto ou, se fechado, na geladeira ou bolsa térmica para transporte.
Como saber se ela ainda pode ser utilizada?
Uma das formas de saber se a insulina pode ser utilizada é observar o aspecto e a cor dela. Alterações na coloração ou o surgimento de granulações, por exemplo, significa que o produto não serve mais para uso, pois não causará alteração na glicemia. Caso o paciente utilize mais de um tipo de insulina, ele pode perceber que cada um deles pode apresentar uma aparência diferente. Isso, é claro, deve ser levado em consideração.
A NPH, por exemplo, é mais leitosa e deve ser levemente misturada antes de analisar se está boa para a aplicação. Já a insulina regular e a glargina são mais transparentes e não precisam dessa homogeneização.
Lembre-se de que, ao puxar o líquido para dentro da seringa, é importante verificar se não entrou ar junto, o que compromete a quantidade de insulina a ser injetada. Caso esteja em dúvida sobre a eficácia, meça sua glicemia após a aplicação. Em caso de não ter se modificado, é porque a ação perdeu seu efeito.
Entre os sinais de que a insulina não pode ser mais utilizada, portanto, é possível destacar:
- alterações na cor ou aspecto;
- mudanças na viscosidade da insulina;
- surgimento de granulações;
- data de validade vencida;
- prazo de uso extrapolado (maior que 30 dias após aberto).
Posso deixar as seringas prontas na geladeira?
O próprio médico poderá orientar melhor essa questão. É importante ter em mente que a insulina é um produto sensível e todo cuidado é pouco. Se for você mesmo quem usará a medicação, o recomendado é que você sempre prepare na hora. Caso você queira ajudar alguém, já deixando tudo pronto, essa opção pode ser válida.
Mas cabem alguns detalhes aqui. Se a insulina for do tipo NPH, a pessoa com diabetes deverá fazer movimentações na seringa, para homogeneizar o conteúdo. Insulinas diferentes não podem ficar misturadas por mais de uma semana, já que a medicação de ação mais rápida poderá sofrer lentidão. O paciente ainda deve se lembrar de deixar a seringa alguns minutos fora da geladeira, antes da aplicação.
Como fazer o transporte de insulina?
Para fazer o transporte da insulina, independentemente do tempo ou das condições do deslocamento, cabe algumas dicas adicionais:
- Em hipótese alguma congele o frasco de insulina para o transporte, mesmo em viagens longas. Mantenha a todo tempo o produto em temperaturas baixas, mas sempre acima dos 2ºC;
- Em transporte de carro, não coloque a insulina em lugares como porta-luvas ou bagageiros, uma vez que esses locais estão sujeitos às altas temperaturas;
- Em cidades com verão intenso, prefira armazenar na geladeira;
- Locais frescos, ventilados, secos e longe da exposição solar são as melhores opções para armazenar a insulina e manter o produto em temperatura ambiente (abaixo dos 30ºC).
Existe um armazenamento especial para as bombas de infusão?
Esses aparelhos são portáteis e, por meio de uma cânula sobre a pele, liberam a insulina de forma contínua. Além disso, o paciente poder fazer os ajustes de quantidade sempre que necessário. Os frascos desse tipo de equipamento são diferentes para que possam ser encaixados no local. Quando lacrados, eles são guardados em geladeira. Depois de serem colocados na bomba de infusão ficam apropriados para uso por até 30 dias.
O que fazer com as seringas depois da aplicação?
Existem regras específicas em cada cidade para tratar questões sobre o descarte de agulhas. Mas em geral, elas não devem ser jogadas no lixo comum nem no reciclável, já que não se encaixam nessa categoria. Também deve-se evitar descartar pelo vaso sanitário. Quando feito de forma inadequada, o descarte pode prejudicar o meio ambiente e ferir as pessoas que trabalham diretamente coletando os lixos.
Como conservar as canetas?
Por último, vale ficar atento à conservação das canetas. Para as recarregáveis, ou seja, aquelas em que se pode trocar o refil, é importante fazer o armazenamento fora da geladeira. Isso para que o mecanismo de injeção não seja danificado. No caso das canetas descartáveis, é possível guardá-las tanto na geladeira quanto em temperatura ambiente. Seguem, assim, a mesma regra que os frascos. É importante destacar que, uma vez aberta, a caneta descartável também tem prazo de validade. Neste caso, o período é de um mês, também.
Sem dúvidas, saber como armazenar insulina é fundamental para que pessoas com diabetes possam contar com a correta ação biológica do produto. Além de armazenar a insulina corretamente, entretanto, o paciente deve manter alguns outros cuidados complementares. O acompanhamento médico periódico, a manutenção de uma alimentação saudável e a prática de atividades físicas são indispensáveis para o manejo da condição e, portanto, para deixar sua saúde em dia. Afinal, são muitas as questões que influenciam no nível de glicose do organismo da pessoa com diabetes, e ter os devidos cuidados é essencial.
Se você gostou do conteúdo e das dicas para o armazenamento de insulina, não deixe de completar a sua leitura. Entenda agora o que é e quais são os principais tipos de insulina para o seu tratamento!
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