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Pré-diabetes: confira tudo o que você precisa saber

Pré-diabetes: tudo que você precisa saber

Pré-diabetes
7 minutos para ler

A diabetes mellitus é uma condição muito prevalente no mundo e, considerando os hábitos de vida da maioria da população, a tendência é continuar com o crescimento no número de casos. Na verdade, antes de o indivíduo apresentar a diabetes tipo 2 estabelecida, existe uma condição chamada pré-diabetes. Essa condição não é uma doença em si, mas aumenta muito o risco de desenvolver os critérios para diagnóstico.

Como saber então se uma pessoa está com pré-diabetes? Uma vez detectada, há algo que se possa fazer para afastar o risco? Saiba mais!

O que é pré-diabetes?

Antes de tudo, é preciso deixar claro que a pré-diabetes não é uma doença, mas sim uma condição de risco. Então, quando dizemos que uma pessoa está pré-diabética, significa que seu organismo apresenta condições que aumentam a predisposição para estabelecimento da diabetes em si.

Para entender melhor sobre isso vamos explicar primeiro quais são os fatores que levam ao desenvolvimento das condições. A diabetes representa um estado metabólico em que os níveis de açúcar no sangue permanecem elevados.

O grande problema disso é que a glicose precisa ser captada da corrente sanguínea e transportada para o interior das células a fim de produzir energia para o organismo. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas e tem a função de realizar o transporte em questão.

No diabetes tipo 1 há uma destruição global das células produtoras de insulina e, dessa forma, o tratamento requer aplicação do hormônio. Por outro lado, no diabetes tipo 2 o organismo vai adquirindo uma resistência à ação da insulina com o passar dos anos.

Em outras palavras, à medida que a resistência vai sendo estabelecida, requer cada vez mais quantidade de insulina para conseguir suprir as necessidades. Nesse cenário, as células produtoras entram em exaustão e acabam se degenerando.

Diante disso, concluímos que a pré-diabetes é a condição na qual a resistência à insulina está presente, mas os níveis glicêmicos ainda não atingiram os critérios estabelecidos para fechar diagnóstico como diabetes.

Quais são os fatores de risco da pré-diabetes?

Os fatores de risco para a condição de pré-diabetes são os mesmos observados na diabetes, como:

  • histórico familiar;
  • envelhecimento;
  • excesso de peso;
  • sedentarismo;
  • síndrome metabólica.

Quando falamos especificamente sobre a obesidade, estamos lidando com um acúmulo de gordura que não acontece apenas no subcutâneo, ou seja, na camada logo abaixo da pele. Na verdade, o risco é associado à gordura central, também chamada de gordura visceral, presente nos órgãos.

Além de prejudicar a função deles, o tecido adiposo libera substâncias chamadas de citocinas inflamatórias. O grande problema delas é aumentar ainda mais a resistência à insulina.

Complementando, quando falamos sobre síndrome metabólica, estamos nos referindo a duas condições principais: hipertensão arterial e dislipidemia — valores alterados de colesterol.

Entender a relação deles com a pré-diabetes requer uma análise do que acontece nos vasos sanguíneos. Quando os níveis de glicose permanecem elevados, são provocadas alterações na parede dos vasos, chamadas de disfunções endoteliais.

Esse quadro contribui para desenvolvimento de arteriosclerose, que diminui o fluxo sanguíneo e, em casos avançados, gera falência de órgãos. Assim como na hiperglicemia, a hipertensão arterial e a dislipidemia tornam o ambiente favorável para desenvolvimento de disfunções endoteliais, sendo, portanto, fatores de risco.

Como identificar a pré-diabetes?

Você deve estar se perguntando como identificar as manifestações da pré-diabetes. Na verdade, é uma condição assintomática, ou seja, os sintomas começam a surgir quando já tiver sido estabelecida a diabetes.

Portanto, a principal maneira de fazer o diagnóstico é a pessoa se basear nos exames laboratoriais, os quais o profissional da saúde pode solicitar diante de uma suspeita ou da presença dos fatores de risco.

Glicemia de jejum

O exame de glicemia de jejum é feito após colher uma amostra sanguínea, com o indivíduo em jejum de pelo menos 6 horas. Geralmente, a glicemia em pessoas saudáveis é inferior a 100 mg/dL. Por outro lado, em diabéticos é igual ou superior a 126 mg/dL. Portanto, se o valor estiver entre 100 e 126 mg/dL, é feito diagnóstico de pré-diabetes.

Teste oral de tolerância à glicose (TOTG)

Ao contrário da glicemia de jejum, o TOTG não requer jejum para realização. Ao chegar no laboratório, é colhida uma amostra sanguínea e averiguada a glicemia. Logo após são ingeridas 75 gramas de glicose e, 2 horas depois, é colhida outra amostra. A pré-diabetes é diagnosticada se o valor obtido estiver entre 140 e 200 mg/dL.

Hemoglobina glicada (HbA1c)

Embora seja um teste mais utilizado para monitoramento do diabetes, a hemoglobina glicada também pode sugerir pré-diabetes. Nesse caso é feita uma medida indireta da glicose, por meio da avaliação da hemoglobina, uma proteína presente nas hemácias.

Ao contrário dos exames apresentados anteriormente, a HbA1c busca retratar o estado glicêmico dos 3 meses mais recentes em vez de um momento pontual. Em suma, caso o valor esteja entre 5,7% e 6,5%, é sugestivo de pré-diabetes.

Como evitar a condição?

Uma vez detectada, existe uma maneira de evitar a progressão para diabetes: combatendo os fatores de risco. Considerando a obesidade, o sedentarismo e a dislipidemia, a melhor forma de ficar longe do diabetes é adotando uma alimentação balanceada e iniciando a prática de atividades físicas.

A fim de obter resultados mais efetivos, é ideal buscar por profissionais capazes de adequar seu perfil às metas. Sendo assim, um nutricionista elaboraria um plano alimentar considerando sua rotina, alinhando às suas expectativas e melhorando a adesão.

Da mesma forma, o profissional especializado na atividade física escolhida estaria apto a planejar uma abordagem mais efetiva. Vale ressaltar que a atividade escolhida deve ser correspondente ao que mais se interessar, tornando-se prazerosa e também com maior adesão.

Por fim, vale destacar o combate ao tabagismo. Existem substâncias presentes na composição do tabaco que causam disfunções endoteliais, assim como alertamos nos demais fatores de risco. Ao cessar o hábito de fumar, você diminui o risco não só de diabetes, mas também de uma série de cânceres e outras condições prejudiciais.

Concluímos, enfim, que para evitar a progressão para diabetes é preciso estar atento às condições que aumentam sua predisposição. Buscar por hábitos de vida saudáveis é o caminho certo para combater a pré-diabetes. Assim como mudança de hábitos, é preciso manter o acompanhamento dos valores de glicemia, consultando um especialista e realizando exames periódicos.

Que tal dar o primeiro passo no combate ao diabetes? Veja quais exercícios são os mais indicados!

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