Afinal, qual é a idade certa para fazer o exame de próstata?
O mês de novembro é um dos que mais leva à tona o assunto de saúde do homem. Sabe-se que a população masculina tende a ser negligente com os cuidados, mas é preciso entender a relevância de fazer o exame de próstata.
Isso porque o câncer nessa glândula apresenta elevado impacto na população atingida. Além de ser o mais comum em homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma, é o segundo maior em mortalidade.
A boa notícia é que, quanto mais precoce o diagnóstico, maior a chance de se livrar totalmente da doença. É aqui que entram os exames de rastreio, incluindo o famoso exame de próstata. Continue a leitura!
Entenda a importância do exame de próstata
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de próstata apresentou, em média, aproximadamente, 66 mil novos casos a cada ano no último triênio. O dado preocupante é que cerca de 20% dos casos os médicos detectam em estágio avançado.
Isso faz com que a mortalidade diante da doença aumente consideravelmente. Ao colocar em números, observamos que 25% dos pacientes morrem devido à doença. Como vimos, a maior forma de combater um dado tão expressivo é por meio do exame da próstata.
Nesse caso, estamos falando de um exame de rastreio, cuja principal finalidade é detectar a doença na população de risco. Isso também é feito para combater outros tipos de câncer, como o de colo uterino e o de mama.
Vale ressaltar que, para cumprir bem com seu papel, o exame de rastreio deve ser algo simples de colocar em prática. Quanto mais prático e de fácil realização, maior a chance de atrair a população de risco para os cuidados em saúde.
Sendo assim, qual faixa etária da população masculina mais deve ficar atenta para fazer logo o exame? Isso é o que veremos no próximo tópico.
Saiba quando fazer o exame de próstata
Bem, não se trata apenas de idade, é preciso considerar outros aspectos importantes que atuam como fatores de risco. Pensando nisso, existe o que chamamos de rastreamento universal, que vai incluir qualquer homem que tenha próstata.
A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda que o rastreio universal seja realizado naqueles acima de 50 anos, mesmo que não tenham nenhum sintoma. Agora, se é um paciente da raça negra ou com história de câncer de próstata na família, a idade cai para 45 anos.
Até quando isso deve ser feito? Bem, idealmente, o exame de rastreio deve ser realizado uma vez a cada ano, até que o paciente complete 75 anos, com, pelo menos, mais 10 de expectativa de vida.
Vale lembrar que existem dois exames associados ao rastreio do câncer de próstata. O primeiro deles — e talvez o mais conhecido — é o exame do toque retal. Infelizmente, ele ainda carrega muitos estigmas sociais na população masculina.
Isso afasta, de certa forma, o grupo em questão dos cuidados com a saúde. Porém, é um exame de suma seriedade, pois permite ao médico avaliar não só o crescimento da glândula, mas também a forma como ela se encontra.
Já o segundo exame é o PSA, ou seja, aquele que detecta o antígeno prostático específico. Como o nome sugere, esse exame laboratorial permite detectar os níveis de PSA circulantes. Em uma próstata aumentada, esse nível também aumenta.
Veja como o exame é feito
Primeiro, vamos entender as etapas do processo. A partir do momento que o exame de rastreio indica a possibilidade de câncer, é preciso confirmá-la.
Como um bom exame de rastreio, a intenção é abranger a maioria de casos suspeitos, para que nenhum risco de câncer passe despercebido. Da mesma forma como isso é bom, é preciso cautela, afinal, nem tudo que é detectado significa, de fato, câncer.
Além disso, por mais que seja um tumor maligno, existem aqueles de baixa agressividade. Mas como é possível saber disso? É aqui que vamos para o segundo passo! Uma vez que a primeira etapa detecta o risco de câncer, é preciso realizar uma biópsia.
Assim, associada ao exame físico e ao laboratório, ela permite não só o diagnóstico definitivo, mas também especifica o tipo e direciona para o melhor tratamento. Isso é valoroso, pois grande parte dos cânceres de próstata evoluem para a cura.
Porém, devemos lembrar que isso está diretamente relacionado com o diagnóstico precoce. Tal diagnóstico é ainda mais imprescindível quando lembramos que não há fatores de risco modificáveis para esse câncer, ou seja, não há medida preventiva.
Sendo assim, nada de medo! O urologista realiza o toque retal de forma simples, rápida e indolor. Considerando que a próstata se localiza bem em frente ao reto, o médico introduz o dedo no ânus do paciente e, indiretamente, toca a glândula.
Esse toque, por mais rápido que seja, já oferece uma boa noção sobre o tamanho dela e, ainda, se existe alguma irregularidade na textura, como nodulações.
Descubra o que ele pode indicar
Para finalizar, vamos entender que o toque retal associado ao PSA também indica outra condição além de câncer. A próstata é uma glândula fundamental para o sistema reprodutor masculino, pois é responsável por parte da produção de sêmen.
Geralmente, encontra-se em pequeno volume. Porém, com o avançar da idade, tende a aumentar. Isso não quer dizer que há um tumor. Pode significar, ainda, a hiperplasia prostática benigna.
Nesse caso, trata-se apenas de um aumento de tamanho, justificado pelo avançar dos anos. Por isso, os exames de rastreio devem ser complementados com outros mais específicos, a fim de não gerar diagnósticos equivocados, nem deixar passar casos preocupantes.
Você já conhece a importância de fazer o exame de próstata. Sabe também que essa medida é essencial para a saúde masculina. Lembre que a faixa etária de risco é acima dos 50 anos. Porém, mais da metade é detectado de 65 anos para cima. Isso mostra que a progressão do câncer é lenta e que, por isso, ele tende a ser detectado em estágios avançados. Então, nada de deixar os exames para depois!
E se o paciente deixar para depois? E se for diagnosticado, e ele não apresentar um seguro de vida?Então, saiba como lidar com esse tipo de situação!