Cadastre-se para receber atualizações por e-mail

x
x
Entrevista Fred Prado - Blog Linha WinSocial

Entrevista Fred Prado

8 minutos para ler

WinSocial acredita que são suas atitudes que te definem e não sua condição de saúde. Realizamos uma série de entrevistas com pessoas com diabetes que fazem a diferença, para mostrar que a vida pode ser doce para todos!

WinSocial: Oi, Fred. Como vai? Para começarmos a nossa entrevista, gostaria que você se apresentasse para nós.

Fred Prado: Fala galera, sou o Fred Prado, tenho 30 anos, sou empresário e tenho diabetes tipo 1 há 9 anos. Nasci em Salvador – Bahia, tenho um filho de 3 anos, o Pedro, e há uns 4 anos criei as redes sociais Vida de Diabético e Máfia da Insulina. Criei esses perfis no começo apenas para atualizar a galera sobre as informações de diabetes, mas me tornei um ativista da causa.

WS: quando a diabetes é diagnosticada, é necessário mudar não só o comportamento, mas também a forma de olhar a vida. Você pode nos contar sobre como se sentiu nesse momento?

FP: quando descobri o diabetes, trabalhava em uma multinacional e viajava muito. Em uma das voltas para casa, percebi que algo estava errado. Não sabia que tinha diabetes, mas sentia todos os sintomas. Tive a sorte da minha irmã ser médica e do meu irmão estar cursando medicina na época. Eles resolveram me levar em uma clínica e quando medi a glicemia deu HI (glicemia acima de 600mg/dL), fiquei internado por duas semanas. Pra mim, sempre foi tranquilo ter diabetes, a aceitação foi muito rápida e com o apoio da minha família tudo ficou mais fácil. As redes sociais nos ajudam a virar um bom exemplo. Fazemos por nós e para motivar outras pessoas. Isso é incrível!

WS: Na sua opinião, o diabetes já te limitou de fazer alguma coisa?

FP: Acho que tudo na vida tem limite. Todos nós temos limitações de vários aspectos. Eu sou o tipo de cara que entendo os meus limites, mas tento superá-los sempre que possível. Acho que o diabetes possa limitar de certa forma sim, como tudo na vida, mas depende da pessoa aumentar os limites. Não é uma resposta simples de sim ou não, mas de buscar entender o que verdadeiramente o impossibilitaria de fazer algo. A única vez que fui impossibilitado de fazer algo foi quando, mais jovem, tive vontade de ser delegado de polícia, mas não era possível por causa do diabetes. Não era nenhum sonho de vida, então tudo bem. Hoje em dia, não tem nada que me impossibilite de fazer pelo simples fato de ter diabetes.

WS: Perfeito, Fred! E o que você faz no seu dia a dia pra cuidar da saúde?

FP: Está tudo interligado né, cara? Eu sempre tive uma rotina saudável, sempre gostei de esportes, mas depois do diabetes, parece que intensificou ainda mais. Quando eu tinha 26 anos, era empresário em vários ramos, mas resolvi vender tudo para morar em Vilas e ter uma melhor qualidade de vida. Sou dono de academia justamente para ter uma vida mais saudável. Tudo na vida são as escolhas que você faz.

WS: Se você pudesse definir o dia a dia com diabetes em apenas uma palavra, qual seria?

FP: Disciplina.

WS: Você se lembra de alguma história engraçada de hipo e hiper? Conta pra gente!

FP: Ah, tem várias! Eu já troquei as insulinas, apliquei 22 unidades de rápida ao invés da lenta…rs! Outra boa história aconteceu logo que eu descobri o diabetes. Fui naquele Festival de Verão de Salvador e levei as minhas insulinas em um isopor. Resolvi deixar o isopor em uma barraca e falei pro dono que iria ficar voltando pra poder aplicar a insulina e ele disse que tudo bem. Minha irmã depois me contou que todo mundo estava olhando, não entendendo nada, achando que eu estava me drogando! Rs.

WS: Você tem algum truque ou mania, que só você faz?

FP: Eu tenho a teoria de que leite condensado deixa a glicemia estável. Pode parecer loucura, mas ele deixa a minha glicemia estável. Claro que eu faço contagem de carboidratos, mas a gordura não altera a minha glicemia como deveria. Todos os dias eu como um pouco de leite condensado, e as minhas glicemias ficam estáveis e boas. Não sei o que é. Em relação a alimentação no geral, eu penso muito que contar os carboidratos certinho, dá pra comer de tudo e fica tudo certo. Acredito que muitas limitações estão em nossa cabeça!

WS: Em relação as suas finanças e aos seus gastos com o tratamento, você tem noção de quanto gasta?

FP: Eu tenho sorte porque recebo as insulinas e tiras pelo governo, mas eu imagino que deve estar dando em torno de R$ 1.000,00 por mês um tratamento completo com canetas e tiras, sem contar o sensor. Se for colocar a alimentação na conta, acaba pesando um pouco mais no bolso, porque eu sou bem saudável e alimentos mais saudáveis tendem a ter um preço elevado.

WS: Pensando a longo prazo, quais são as atitudes que você faz hoje para garantir a tranquilidade no futuro?

FP: Em relação à saúde, eu me cuido muito pra poder viver bastante, e como empresário, eu procuro me proteger financeiramente também. Tenho o seguro de vida e invalidez da WinSocial para garantir qualquer imprevisto. Na minha opinião, é fundamental ter seguros. Não consigo aceitar uma pessoa com diabetes não ter um seguro de vida, principalmente se for o responsável financeiro da família, e ainda mais se tiver filhos. O que eu acho muito legal da WinSocial é que a apólice inicial é bem baixa, e isso ajuda a ser acessível para as pessoas.

WS: E em relação ao seu planejamento financeiro a longo prazo?

FP: Eu tenho algumas aplicações, além da previdência privada. Não dá pra gente contar apenas com a previdência pública, até porque com as reformas que vão vir, está meio incerto. Ela está fadada a quebrar se não tiver essas reformas. Então acredito que cada um tem que se preparar individualmente pra esse futuro, até porque a tendência das despesas com a saúde é aumentar né! Se tiver diabetes, aumenta ainda mais.

WS: Se você pudesse dar um conselho pra alguém que acabou de descobrir que está com diabetes, o que você diria?

FP: Não é o fim do mundo. Às vezes parece como se fosse a Alice no país das maravilhas, que você cai em um mundo totalmente novo. Não é bem assim. É importante ter foco em melhorar a vida com diabetes. É bom ter uma mentalidade boa, ter energia para acordar e fazer o que tem que ser feito, estudar bastante sobre diabetes, acompanhar os influenciadores, ir ao médico com frequência. A gente tem tanta coisa na vida, que acabamos nos colocando em último plano. Acho que o importante é a pessoa ter foco e se priorizar.

WS: E o que você diria para os pais de uma pessoa que acabou de ser diagnosticada com diabetes?

FP: A principal sacada é que não é o fim do mundo. Realizar uma viagem interior muito importante, buscar entender o que é o diabetes e ter um estilo de vida com hábitos saudáveis. O problema é que as pessoas hoje em dia ainda não despertaram-se para esse estilo de vida, então se alimentam de fast food, ficam estressados no dia a dia, têm muita preocupação com dinheiro e não praticam atividades físicas. Não tenho dúvidas de que o diabetes me despertou para uma vida mais saudável. Posso dizer que vivo com muito mais saúde que a maioria da população, mesmo tendo diabetes!
O importante também é entender que não é algo bom nem ruim, é apenas um fato. A forma como enxergamos e processamos é que faz a diferença. A forma como os pais enxergam passa diretamente para os filhos, e isso faz toda a diferença. A minha família enxergou assim: ”beleza, você tem diabetes. E agora, vamos fazer o que?”. Isso me deu uma tranquilidade muito grande.

WS: Criamos uma campanha pelo #fimdaexclusão das pessoas com diabetes. Você já se sentiu excluído de alguma forma por causa do diabetes?

FP: Apenas uma vez, quando tentei comprar seguro pelo banco e não fui aceito por causa do diabetes, mas não me lembro de nada além disso. Acho que é porque eu sou muito tranquilo e falo pra todo mundo que tenho diabetes, então o pessoal brinca, se informa, é de boa. Mas, apesar disso, eu conheço pessoas que já sofreram diversos tipos de exclusões e acho que essa campanha é fantástica, parabéns!

Se você gostou da entrevista e quer saber mais sobre Seguro de Vida & Previdência para quem tem Diabetes, clique aqui e acesse o site da WinSocial.

Confira outras entrevistas…

Comentários

Você também pode gostar
-