Qual é a diferença entre inflamação e câncer de próstata? Entenda!
Existem, entre outras, duas doenças exclusivas do organismo masculino: inflamação e câncer de próstata. Manifestam-se produzindo sintomas bem parecidos, mas com riscos diferentes e abordagens médicas também diferentes.
É preciso conhecê-las para, sobretudo, procurar evitá-las e tratá-las adequadamente, se ocorrerem. As avaliações periódicas para sua detecção precoce garantem que se tenha melhores respostas ao tratamento, quando necessário.
Continue a leitura e descubra a diferença entre inflamação e câncer de próstata.
Qual é a diferença entre a inflamação e o câncer de próstata?
A próstata é uma glândula componente do aparelho reprodutor masculino, responsável pela produção da maior parte do líquido seminal (sêmen) que transporta os espermatozoides no ato sexual. Fica logo à frente do reto, abaixo da bexiga e envolve a porção inicial da uretra, o canal que conduz a urina para fora.
Existem alguns distúrbios que podem afetar essa glândula, entre os quais se destacam a inflamação da próstata e o câncer de próstata. Veja, a seguir, as principais diferenças entre essas duas ocorrências que podem literalmente tirar o sono dos homens.
Inflamação da próstata
A inflamação da próstata é conhecida como prostatite, mais comum entre homens adultos, mas que também afeta pré-adolescentes. Esse é um evento que leva ao crescimento da glândula e, como resultado, o surgimento dos seus principais sintomas, além de outros resultantes dos processos inflamatórios, destacando-se:
- dor ao urinar;
- dor ao ejacular;
- dificuldade para urinar;
- febre;
- mal-estar;
- dores musculares;
- calafrios;
- presença de sangue no esperma.
Existem duas causas principais para o surgimento da prostatite:
- prostatite bacteriana: uma infecção provocada por bactérias, mais comumente resultante de infecções do trato urinário, tratada essencialmente com antibióticos e medicação complementar (analgésico, relaxante muscular, anti-inflamatório);
- prostatite não bacteriana: de sintomas parecidos, suas causas ainda não são bem conhecidas, mas não envolvem infecção por bactérias. Seu tratamento se faz com a utilização de medicamentos anti-inflamatórios e outros próprios para a contenção do crescimento da próstata.
A prostatite bacteriana, por sua vez, pode apresentar-se aguda ou crônica. Assim, na forma aguda, aparece como uma infecção repentina, enquanto, na condição crônica, se desenvolve de modo mais lento, como a reincidência de uma infecção urinária não tratada corretamente.
Câncer de próstata
O câncer que acomete a próstata constitui a mais importante neoplasia que atinge o corpo masculino. Só não é mais comum que o câncer de pele não melanoma. O tumor que atinge a glândula é de crescimento bem lento, quase não perceptível.
Os sintomas são muito parecidos com os da prostatite e da hiperplasia prostática benigna, outro crescimento significativo da glândula, que atinge grande parte dos homens com a idade. O câncer, no entanto, pode ser confundido com essas duas ocorrências que são bem mais comuns e porque se manifesta tardiamente.
A ocorrência de qualquer dos sintomas relacionados deve motivar uma avaliação médica para todo homem, em especial, a partir dos 40 anos de idade. O surgimento do câncer de próstata a pessoa pode tratar quando se faz o diagnóstico mais precocemente, eliminando-se os riscos existentes. Por essa razão, a importância dos exames preventivos periódicos.
É possível que a inflamação da próstata provoque o câncer?
Os eventos prostáticos, inflamação e câncer, não se relacionam entre si e possuem causas diferentes. Uma prostatite, portanto, considerada uma condição benigna, não evolui para um câncer de próstata.
A ausência de diagnóstico correto e do tratamento adequado pode fazer uma inflamação bacteriana aguda promover o surgimento de um abscesso, exigindo uma intervenção cirúrgica para sua drenagem. Além disso, a evolução de uma prostatite não tratada pode conduzir a uma situação de infecção generalizada (septicemia), de alto risco.
Assim, nunca é demais insistir: na presença de incômodos na região ou dificuldades para urinar, com intermitência ou enfraquecimento do jato, não dispense uma avaliação médica. Pode ser algo simples de tratar, mas deve ser de abordagem mais precoce possível.
Como são feitos os diagnósticos de cada uma dessas ocorrências?
Os sintomas apresentados pela prostatite e pelo câncer de próstata não afetam apenas o bem-estar físico do indivíduo, mas interferem em sua qualidade de vida. Até mesmo constrangimentos sociais e psicológicos podem ser considerados em função da intensidade com que ocorrerem.
Por tudo isso, vale dizer, pela necessidade de identificação precoce, pelos riscos de sua evolução e pelos incômodos que manifestam, é importante que um adequado diagnóstico seja realizado o quanto antes. Nesse sentido, a estratégia adotada pelo médico poderá seguir, dependendo de cada caso, uma sequência de ações costumeiramente adotadas.
Assim, uma conversa com o paciente, seguida de avaliações clínicas, exames laboratoriais e talvez uma biópsia, dependendo dos resultados anteriores, constituem os caminhos mais comuns para o médico construir o diagnóstico. Veja, a seguir, como o médico chega a uma conclusão para cada caso.
Os caminhos do diagnóstico
Tudo começa com a explanação (pode ser via telemedicina) para o médico dos sintomas que o paciente observa, isto é, do que vem acontecendo e o que ele está sentindo. Assim, informações como frequência e dificuldade para urinar, dores ou ardências ao urinar ou ejacular, dores localizadas ou febre devem ser fornecidas.
Após alguns esclarecimentos, um exame de toque será o próximo passo. Por meio desse exame, o médico consegue perceber o tamanho e a consistência da glândula prostática e perceber se existe alguma região mais endurecida, sinalizando uma possibilidade de desenvolvimento do câncer, ou se diz respeito a uma próstata simplesmente crescida.
O urologista pode solicitar um exame de sangue para identificação dos níveis de PSA (Prostate Specific Antigen ou “antígeno específico da próstata”), uma glicoproteína utilizada como possível marcador tumoral. Ocorre que outros fatores não cancerígenos também podem afetar a leitura desse indicador.
Dessa forma, isoladamente, os níveis de PSA no sangue não são indicativos da presença da neoplasia. O médico, portanto, analisa todo o conjunto de informações de que já dispõe.
Além disso, o profissional da saúde pode pedir um hemograma e um exame de cultura de urina para a verificação da existência de processos infecciosos, auxiliando na diferenciação entre uma prostatite e o câncer de próstata. Se houver dúvidas, o médico também pode solicitar uma biópsia. Finalmente, não deixe de participar do Novembro Azul.
Como você pode ver, embora tenham sintomas muito parecidos, inflamação e câncer de próstata são duas doenças diferentes, com origens diferentes, mas que requerem atenção e cuidados preventivos, a fim de que sejam detectadas a tempo de tratá-las com bons resultados.
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