Conheça os alimentos que ajudam na absorção de insulina
A alimentação de quem tem diabetes deve ser saudável e incluir boas escolhas alimentares. Ou seja, a pessoa precisa ter um estilo de vida com bons hábitos nutricionais, não necessariamente no sentido de procurar emagrecer, mas sim para dispor de alimentos que ajudem na absorção da insulina, proporcionar mais saúde e evitar os picos de insulina.
Nem sempre esses cuidados são absolutos na redução do nível de glicose, mas são importantes para regular os hormônios no corpo. Além disso, podem ajudar a diminuir o índice glicêmico dos alimentos, evitando o pico de produção de insulina, no caso de algumas pessoas com diabetes tipo 2, ou o pico de glicemia para quem tem diabetes tipo 1.
Portanto, continue a leitura e conheça alguns alimentos que são recomendados para evitar picos de insulina.
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Picos de insulina
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas e que tem como principal função regular a utilização ou o armazenamento do açúcar (glicose) no organismo oriundo da alimentação. Pessoas com diabetes tipo 1 não produzem esse hormônio, enquanto aquelas com diabetes 2, apesar de produzirem a insulina, não respondem a ela.
Nos dois casos, há necessidade de aporte de insulina para o organismo. É preciso fornecer o hormônio para o corpo a fim de controlar os níveis de glicemia, isto é, as concentrações de glicose no sangue, que o próprio organismo não consegue administrar adequadamente.
Os picos de insulina são níveis muito elevados desse hormônio no sangue. Esses níveis costumam ocorrer em duas situações típicas: em uma refeição com elevados teores de carboidratos ou pelo consumo em grande quantidade de qualquer alimento em uma mesma refeição.
Efeitos dos picos de insulina
A presença de grandes quantidades de insulina na corrente sanguínea provoca efeitos diretos no ambiente circulatório. Nesse caso, ocorre vasodilatação, isto é, o aumento do calibre dos vasos sanguíneos e a circulação flui melhor.
No entanto, quando ocorre resistência à insulina como na diabetes, o efeito é inverso, se observando vasoconstrição ou redução do diâmetro das veias e artérias. Além disso, essa situação conduz à situação de hipertensão arterial (aumento da pressão).
Por sua vez, na ingestão de carboidratos em excesso ocorre o pico de insulina e os níveis de glicose caem muito. Com isso, a pessoa passa a sentir fome, come mais carboidratos e o pico de insulina retorna, criando um ciclo que leva ao ganho de peso.
Alimentos que podem provocar picos de insulina
Alimentos ricos em carboidratos, quando ingeridos, representam aumento de teores de glicose no sangue. Da mesma forma, as elevações dos níveis de açúcar levam a mais presença de insulina.
Desse modo, pode-se avaliar que os principais alimentos que provocam picos de insulina são aqueles cuja composição detém maiores quantidades de carboidratos, principalmente dos complexos. Nesse sentido, é bom lembrar que açúcares e amidos são carboidratos. Veja alguns dos principais alimentos responsáveis por isso:
- milho;
- pipoca;
- arroz;
- batatas;
- soja;
- abóbora;
- beterraba
- pão;
- biscoito;
- melancia;
- banana;
- manga;
- laranja.
Como evitar os picos de insulina
Existem medidas práticas com respostas quase imediatas para se evitar os picos de insulina. No entanto, é preciso levar o assunto a sério e adotá-las até que se transformem em hábitos. No começo, pode ser um pouco chato, mas logo você perceberá que vale a pena.
- tenha uma atividade física: o sedentarismo é um grande vilão para a saúde e age silenciosamente;
- tenha mais refeições durante o dia, mas coma menos em cada refeição: comendo a cada 3 horas, a sensação de fome é sempre menor;
- prefira alimentos com carboidratos complexos: esses carboidratos liberam açúcar no sangue mais lentamente e reduzem a possibilidade de pico;
- reduza o consumo de açúcares: podem ser os grandes vilões do controle da glicose no sangue.
Alimentos amigos para quem tem diabetes
Pessoas com diabetes devem adotar uma alimentação variada, mas com limitações a determinados alimentos capazes de promover níveis elevados de glicose na corrente sanguínea. Assim, leve em conta essas indicações a seguir, pois são alimentos amigos.
Vegetais sem amido
Eles proporcionam saciedade e, ainda, boa nutrição. Além disso, ajudam a manter o nível de glicose equilibrado, por ter baixo índice glicêmico, sendo uma boa pedida para quem tem diabetes. Por exemplo, podemos incluir nessa lista: brócolis, couve-flor, folhas verdes, pimenta, cebola, alho-poró, vagem, pepino.
O brócolis, aliás, foi analisado em um estudo sobre o sulforafano, composto natural encontrado no brócolis, demonstrou eficácia ao reduzir a produção de glicose no fígado. O efeito seria semelhante ao do medicamento cloridrato de metformina. Então, o ideal é incluir um pouco de cada vegetal, de forma variada, em todas as refeições.
Blueberry
Essa frutinha de nome chique também pode ser chamada de mirtilo. Ela tem um antioxidante capaz de captar a glicose das células do corpo. Com isso, o açúcar do sangue é mais bem aproveitado. É uma fruta versátil, pois pode ser usada em bolos integrais, em saladas e até ingerida pura.
Feijão
Ainda que seja um carboidrato, ele ajuda a estabilizar o nível de glicose no sangue, sobretudo se combinado com folhas e legumes verdes. Além das vitaminas e minerais, ele oferece fibras, o que faz com que a pessoa se sinta mais saciada rapidamente. A absorção lenta do carboidrato evita os picos de insulina e de glicose no sangue.
Aveia
A betaglucana, fibra presente na aveia, se transforma em um gel grosso, retardando a absorção de glicose no sangue e o esvaziamento do estômago. Dessa forma, pode ajudar a glicemia a ficar mais estável. Também é composta por vitamina B6, vitamina B3, fósforo, zinco e manganês. A aveia pode ser usada de diversas formas: no mingau, em vitaminas, em cookies e até na sopa.
Batata yacon
Na lista dos melhores alimentos para pessoas com diabetes, ela tem conquistado o coração (e o cardápio) de muitas pessoas que convivem com essa condição e o colesterol. Essa batata é rica em frutooligossacarídeos, que agem de maneira parecida com as fibras no organismo e auxiliam no equilíbrio da glicemia.
O carboidrato é absorvido de forma lenta, evitando os picos de glicose no sangue. Além disso, tem poucas calorias, regula o intestino, aumenta a saciedade e a imunidade.
Linhaça
Essa planta é conhecida desde 5 mil a.C., da região da Mesopotâmia. Além de ajudar a regular os níveis de glicose no organismo, também beneficia intestino, coração, cérebro e previne alguns tipos de câncer.
As fibras presentes na semente ajudam a reduzir o acúmulo de gordura no corpo, podendo ajudar a diminuir a resistência à insulina. Enquanto isso, as linhaças contêm lignanas, que funcionam como os hormônios femininos e são muito bons para a saúde dos ossos da mulher. Pode ser usada em sucos e iogurtes, por exemplo.
Tomate
Cru ou cozido, em molhos, saladas ou sanduíches, o tomate beneficia quem tem diabetes. Além de ajudar a regular a glicose, por ter baixo índice glicêmico, ele tem vitamina E, vitamina C e licopeno — esse último conhecido por ser anticancerígeno. No entanto, os antioxidantes presentes auxiliam a deixar os vasos sanguíneos saudáveis.
Abacate
A gordura boa presente na fruta ajuda a equilibrar a velocidade na liberação da glicose no sangue. Também é fonte de beta-sitosterol, um anti-inflamatório.
Duas colheres de sopa da fruta, por dia, já proporcionam grandes benefícios ao organismo. Existem vários modos de consumi-lo, podendo ser usado em receitas doces ou salgadas. A guacamole é uma boa pedida, por levar junto o tomate, que, como já dito, é também benéfico.
Maçã
A maçã tem fibras, como a pectina, que ajuda a diminuir o índice glicêmico da refeição. Dessa forma, o organismo absorve a glicose de maneira mais gradativa. A substância também ajuda a regular o intestino e a dar saciedade. A fruta apresenta mais vantagens, como evitar o envelhecimento precoce e combater a anemia. O recomendado é uma maçã por dia.
Canela
Essa especiaria também auxilia no controle glicêmico, impedindo que o açúcar seja liberado de forma rápida no sangue. Também previne doenças cardíacas e ajuda a equilibrar os níveis de colesterol. Além disso, o poder termogênico acelera o metabolismo. Pode ser acrescentada em vitaminas, no mingau e em bolos integrais.
Ovo
Além de ser muito rico em proteína e ajudar na construção dos músculos, o ovo contém vitamina B12, vitamina D e gorduras saudáveis.
É digerido pelo organismo de forma fácil e ajuda a regular a quantidade de açúcar no sangue. Pode ser consumido de várias formas: cozido na salada, mexido, na omelete. Se optar por fritar, prefira uma frigideira que não precise usar muito óleo.
Iogurte desnatado
Na forma desnatada, o iogurte regula a velocidade da glicose liberada no sangue, por conta da alta quantidade de proteína. Além disso, ele é excelente para ajudar no funcionamento do intestino, prevenindo a prisão de ventre. Contudo, o ideal é escolher as versões mais limpas, sem qualquer tipo de açúcar e xarope. Pode ser consumido com frutas, e muitos nutricionistas liberam o adoçante stévia.
Feno-grego
Dessa especiaria podem ser aproveitadas as folhas e as sementes, pois ambas auxiliam quem tem diabetes. As primeiras podem ser consumidas em forma de chá. As segundas contêm fibras, que fazem com que a digestão de carboidratos seja mais lenta.
Chá verde
A planta contém polifenóis, que possuem forte ação antioxidante no organismo. Assim como os demais alimentos apresentados, o chá-verde ajuda e diminuir os níveis de açúcar no corpo, ao modificar a absorção dos amidos. Pode ser consumido quente ou frio, apenas é bom evitar colocar açúcar.
Apesar de todos esses alimentos para diabéticos sugeridos serem ótimos para regular o açúcar no sangue, é importante fazer a monitoração constante da glicose no organismo. Além disso, mantenha em dia os exames e as consultas com o médico e um nutricionista. Não se esqueça de que a prática de atividades físicas também ajuda a regular a homeostase dos hormônios no corpo, inclusive a insulina.
Como você pode ver, picos de insulina quase sempre resultam de maneiras inadequadas de se alimentar para a pessoa que tem diabetes. Nesse sentido, alguns cuidados como adotar certos hábitos e adequar a alimentação podem ser de grande valia.
Se você gostou deste post, não vai querer perder a oportunidade de conhecer como armazenar insulina de maneira correta.
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