Entenda como a tapioca influencia na glicemia da pessoa com diabetes
A tapioca transformou-se em alimento em que praticamente todo o país utiliza, principalmente por disponibilizar energia para o corpo. Mas, como a tapioca influencia na glicemia da pessoa com diabetes?
Pessoas nessa condição podem fazer uso da tapioca? Nesses casos, o preparo e o consumo requerem alguns cuidados mais apropriados?
Continue a leitura e descubra a influência da tapioca no índice glicêmico da pessoa com diabetes.
O que é a tapioca?
A pessoa pode empregar o nome tapioca para a farinha de tapioca ou para o prato que o indivíduo prepara com ela. Essa farinha de tapioca, antes artesanal e agora comercializada em qualquer supermercado, é a fécula da mandioca, goma ou polvilho doce.
A mandioca, após ser descascada, é triturada, lavada e deixada de molho. Posteriormente, é coada e prensada para sair todo o líquido que, por sua vez, é posto para decantar (um polvilho se deposita no fundo do recipiente de decantação).
Desse modo, 3 produtos são obtidos:
- a mandioca ralada, lavada e prensada que, após assada e moída, dá origem à farinha de mandioca;
- o líquido resultante da decantação conhecido como manipuera;
- o produto decantado que constitui a fécula, polvilho ou goma de tapioca.
É com essa fécula que se prepara o prato tão apreciado e conhecido por tapioca. Também pode-se dizer que tapioca é o amido extraído da raiz da planta da mandioca.
Quais as principais características da tapioca como alimento?
A tapioca é um prato muito utilizado na culinária do Norte e do Nordeste do Brasil. A algum tempo ganhou a preferência nacional e passou a ser regularmente consumida em todo o país.
Essencialmente, como se viu, sua composição se resume ao amido da mandioca, ou seja, a tapioca é puro carboidrato. No entanto, embora pobre em proteínas e gorduras, a tapioca é um ótimo alimento.
Primeiro porque carboidratos são indispensáveis na alimentação humana para o aporte da energia necessária à vida. A tapioca, como amido de mandioca, é uma excelente fonte desse nutriente.
Além disso, por apresentar um sabor neutro, combina com qualquer coisa e deixa correr a criatividade de quem prepara. Essa versatilidade tem sido uma das grandes vantagens desse alimento.
No entanto, a tapioca também é um excelente alimento porque, apesar de ser amido, é livre de glúten. Essa característica, para quem necessita de uma alimentação funcional, é imprescindível e muito valiosa.
Na verdade, quem precisa de uma alimentação livre de glúten encontra grande dificuldade para comer. Essa dificuldade resulta do fato de que quase todo alimento produzido com amido é originário do trigo, rico em glúten.
Finalmente, nós devemos destacar a presença dos seguintes nutrientes na tapioca: vitamina K, vitaminas do complexo B, cálcio, ferro e cobre.
Por que a pessoa com diabetes precisa ter atenção com a tapioca?
Por ser puro carboidrato, a macromolécula de amido da tapioca é constituída por diversas unidades de glicose. Essa cadeia é quebrada durante a digestão, liberando essas inúmeras moléculas de glicose componentes do amido.
A tapioca, por essa razão, é um alimento cujo índice glicêmico é elevado. Essa característica poderia significar que, quando a pessoa digere, a tapioca elevaria os níveis de glicose no sangue mais rapidamente, e isso é tudo o que uma pessoa com diabetes não precisa.
Ocorre que na tapioca, parte do amido está na forma de amido resistente, que funciona como uma fibra e que não é digerida e, desse modo, não libera moléculas de glicose. Portanto, a pessoa com diabetes pode fazer uso da tapioca em sua alimentação, mas de maneira moderada.
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Como a tapioca influencia na glicemia da pessoa com diabetes?
O índice Glicêmico (IG) é o valor correspondente à velocidade com que o açúcar presente em determinado alimento chega à corrente sanguínea, alterando os níveis de glicemia.
Nesse sentido, pessoas com diabetes tipo 2 precisam estar atentas a este valor nos nutrientes inseridos em sua dieta, evitando a hiperglicemia devido à baixa produção ou resistência à insulina pelo organismo.
Para se ter ideia, o IG da tapioca é de 115, o que faz com que ele supere o próprio açúcar e o pão francês em níveis de absorção de glicose. Em outras palavras, o organismo digere o alimento rapidamente, o que pode representar um problema para pessoas com diabetes caso consumam em excesso ou preparam o alimento de maneira isolada.
Mas, calma, isso não significa que você não possa utilizar este produto na sua dieta. Confira, a seguir, algumas dicas valiosas de preparo que tornam a tapioca uma boa opção para o seu cardápio!
Sendo assim, quem pode comer tapioca?
Ao contrário do que muitos podem imaginar, qualquer pessoa pode fazer uso da tapioca em sua dieta. Para pessoas com diabetes, no entanto, é fundamental que a pessoa modere esse consumo e, de preferência, o adapte à condição de fragilidade do organismo aos altos índices de glicose na circulação sanguínea.
Para tanto, algumas dicas podem ser valiosas. Entre elas, a combinação da tapioca com outros alimentos de baixo ou médio índice glicêmico. Do mesmo modo, é possível aliar o nutriente a produtos que retardam a velocidade com que a glicose é absorvida, ou seja, diminuem a carga glicêmica da tapioca. É recomendável, ainda, combinar o alimento com outros que atribuem maior saciedade nas refeições. Confira a seguir!
Como diminuir carga glicêmica da tapioca?
Como se viu, em razão de sua constituição em carboidratos, a tapioca pode aumentar os níveis de glicose no sangue após sua ingestão, uma vez que sua digestão é rápida. No entanto, esse aspecto negativo para a pessoa com diabetes pode ser reduzido com um truque bem simples.
Para você saber como a tapioca influencia na glicemia da pessoa com diabetes precisa conseguir reduzir a formação de glicose e evitar picos de glicemia, basta acrescentar fibras na massa da tapioca. Para esse fim, a pessoa pode utilizar farelo de aveia, por exemplo.
Com esse cuidado simples, parte da digestão será retardada, porque é isso que as fibras fazem. O resultado é uma menor quantidade de moléculas de glicose disponíveis no sangue.
Outra medida importante que a pessoa pode tomar, tanto para reduzir a carga glicêmica, como para melhorar seu potencial nutritivo, é cuidar do recheio da tapioca. Um recheio proteico à base de ovo ou carne seca desfiada, por exemplo, cumpriria muito bem esse papel.
Portanto, a tapioca não é um alimento proibido para a pessoa com diabetes, mas apenas requer alguns cuidados com o seu preparo e moderação no consumo. Acrescente a isso uma outra dica: o melhor horário para comer tapioca é depois de uma atividade física, pois também reduz a carga glicêmica.
Quais os benefícios da tapioca como alimento?
Alimento brasileiro, de fácil acesso para toda a população, a tapioca apresenta características que fazem desse quitute nacional um excelente alimento com diversos benefícios.
Veja a seguir as principais vantagens que ele oferece a quem consome!
Fornece a energia que o organismo precisa
Como é composta essencialmente de carboidratos, a tapioca fornece grande parte da energia que o organismo precisa para as tarefas de todos os dias. Por sua vez, a pessoa com diabetes deve moderar sua utilização para não provocar excesso de glicose no sangue.
Não apresenta gordura, glúten ou sódio
Considerados como os 3 vilões da alimentação quando em quantidades inadequadas, gordura, glúten e sódio estão ausentes na tapioca. Para dispor dessa vantagem, portanto, deve-se observar o cuidado no preparo para não perder os benefícios.
Permite reduzir sua carga glicêmica com medidas simples
Como se viu, embora originalmente possua índice glicêmico elevado, a pessoa pode alterar essa condição com medidas simples. Assim, misturando fibras na farinha de tapioca, reduz-se a disponibilidade imediata da glicose na digestão.
Atua no controle da pressão arterial
Vale destacar, ainda, a presença do potássio que auxilia no controle da pressão arterial. Isso porque a substância tem função vasodilatadora, reduzindo a tensão entre os vasos sanguíneos. Nesse sentido, o consumo da tapioca pode melhorar o fluxo do sangue e amenizar a incidência de problemas cardíacos.
Contribui para o fortalecimento ósseo
Por último, a tapioca também contribui para o fortalecimento dos ossos. A presença de cálcio no alimento oferece maior proteção contra problemas que podem surgir a partir da diminuição da densidade mineral óssea. Por exemplo, a osteoporose, a perda de flexibilidade entre outros.
Apresenta sabor neutro
O sabor neutro é uma grande vantagem na culinária, em especial para pessoas que precisam controlar a alimentação. Essa característica facilita combinações com ingredientes variados para a produção de refeições equilibradas, ricas em nutrientes e, ao mesmo tempo, prazerosas e agradáveis ao paladar.
Saber como a tapioca influencia na glicemia da pessoa com diabetes é a melhor maneira de incluir uma iguaria brasileira no cardápio de quem convive com essa condição e precisa mudar hábitos alimentares.
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